quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SecultBA abre consulta pública para formação das Comissões de Seleção Editais Setoriais



Dando continuidade ao processo de democratização do acesso aos mecanismos de fomento à Cultura, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA) receberá, entre os dias 16 e 30 de outubro, indicações para composição das Comissões de Seleção dos Editais Setoriais 2013. A ação tem como objetivo aumentar o leque de possíveis membros das comissões, além de garantir a participação da sociedade civil no processo de escolha dos projetos que receberão apoio financeiro e institucional por parte do Governo do Estado.

As indicações podem ser feitas apenas por instituições e coletivos e é fundamental que os profissionais indicados para as comissões tenham experiência comprovada na área artístico-cultural para a qual foram indicados. Os nomes serão submetidos ao Conselho de Cultura e às equipes da Secult/BA, que definirão o aproveitamento, ou não, dos mesmos.

Podem ser indicados profissionais das áreas de Economia Criativa, Projetos Estratégicos em Cultura, Formação e Qualificação, Culturas Digitais, Territórios Culturais, Espaços Culturais, Culturas Populares, Culturas Identitárias, Publicação de Livros por Editoras Baianas, Museus, Patrimônio Cultural, Arquitetura e Urbanismo, Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música e Teatro.

Fonte e maiores informações: http://www.cultura.ba.gov.br

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Petição Pública em favor do CCBNB

Abaixo-assinado pela Implantação do CCBNB em Vitória da Conquista.
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N30140



O Instituto Mandacaru de Inclusão Sociocultural, entidade sem fins lucrativos que representa produtores culturais, educadores e profissionais da comunicação em Vitória da Conquista e região, vem por meio deste documento reafirmar a importância junto à presidência do Banco do Nordeste da implantação do CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE em Vitória da Conquista, como um desejo não apenas dos atores sociais que se dedicam a cultura, mas de toda a população conquistense e das cidades circunvizinhas, reconhecendo a importância desta instituição para o estímulo e a promoção do fluxo de atividades artísticas em nosso município.

Convocamos assim, neste abaixo assinado, atores, músicos, ilustradores, dançarinos, pintores, artistas plásticos, escritores e demais artistas de todas as áreas, além de educadores, profissionais liberais, produtores, empresários, representantes públicos e do terceiro setor a mobilizarem-se em favor da continuidade da implantação do CCBNB em Vitória da Conquista, ao tempo em que solicitamos à presidência do BNB a retomada das ações do calendário de construção do espaço cultural.

Defendemos a diversidade e efetivação de uma dinâmica maior, mais sadia e profícua da economia criativa na nossa região. Compreendemos que empreendimentos que estimulem a circulação de manifestações da cultura brasileira, que propiciem o reconhecimento do trabalho na cultura, o engajamento político que permitam quantitativamente e, sobretudo, qualitativamente a disposição de espaços para a difusão dos saberes populares, são fundamentais para o exercício pleno de cidadania a indivíduos de todas as classes, cores e orientações.

Desta forma, nos manifestamos pelo(a):

- Continuidade do projeto de implantação do CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE em Vitória da Conquista ainda em 2012;

- Retomada do cronograma de ações que precedem o processo de implantação, que incluem processo o início da construção do Centro, bem como a continuidade das atividades de oficinas, eventos e cursos promovidos pelo BNB em Vitória da Conquista;

- Publicização, interna e externamente a Vitória da Conquista e região, do desejo de produtores, artistas e demais grupos e indivíduos que militam pela cultura por políticas públicas que reconheçam o valor real das ações que se manifestam na economia criativa;



Assinem, divulguem e compartilhem.

Atenciosamente;

Diretoria
Instituto Mandacaru de Inclusão Sociocultural
http://culturamandacaru.blogspot.com.br/

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Jogos Vorazes e o espelho do ridículo


Por Marcelo Lopes

O nome não me estimulou a assistir. Na verdade, me repeliu por algum tempo. Evocava a ideia de mais um destes filmes sanguinários em que o conteúdo mais palpável é o jorro de sangue do pescoço de alguém. 

No entanto, minha surpresa ao ver Jogos Vorazes, do diretor Gary Ross, veio justamente por centrar essa violência (no sentido literal e metafórico) numa história que desenrola uma longa fila de outras fórmulas de entretenimento midiático - tão comuns nos dias de hoje – com especial crítica ao mundo dos reality shows. O filme já garante alguns pontos por demonstrar de forma inteligente como parecem ridículos espectadores e produtores deste tipo de atração full time, e o quão vagos são seus conteúdos. Logicamente, é preciso lembrar que o que de fato está em jogo é, ao final das contas, a questão do poder real da mídia e o que ela pode manipular, materializado no intrincado mundo do acúmulo financeiro e do status social.

O filme é a primeira parte de uma trilogia baseada nos livros escritos por Suzanne Collins, cujos títulos originais são "The Hunger Games", "Catching Fire" e "Mockingjay". Conta a história de um futuro distante, depois da extinção da América do Norte, que tem sua população dividida em 13 distritos. Anualmente, dois jovens representantes de cada distrito são sorteados para participar de um reality show mortal, quando tornam-se breves ídolos da mídia e devem lutar até a morte, para que ao fim da atração, só reste apenas um: aquele responsável pela morte de seus adversários.

Cheio dos chavões mais comuns da TV e do cinema, o filme uma obra válida para se discutir, não apenas pelo conteúdo, mas pela escolha da linguagem. Traz à tona os cacoetes, as frases-feitas, os dramas montados, as agremiações instantâneas construídas por “afinidades”, as solidariedades de última hora, os traumas, os sentimentos fáceis, as caricaturas e as intrigas de bastidores que povoam o filão mais rentável da televisão mundial das últimas décadas. 

Numa avaliação rápida, nos recorda aquilo que, ainda hoje, tentam pateticamente nos convencer ser o recorte em tempo real da vida de pessoas comuns especialmente selecionadas, mas que poderiam ser também um papel exercido por qualquer um de nós.

Fica a dica.

Terceiro Circuito do Sonora Brasil em Conquista


Por Marcelo Lopes


O Brasil é um país cuja diversidade é tão grande que chega a ser um mistério. Não deveria ser assim, mas não conhecemos os sotaques, os estilos, as formas de pensamento e os jeitos tão próprios do nosso povo, a não ser pelas famigeradas caricaturas de TV. Infelizmente, isto ocorre porque a difusão das especificidades da cultura brasileira não é um negócio tão bom quanto padronizar os comportamentos e nivelar por baixo os gostos e os olhares, transformando a identidade da população em um cenário de aeroporto, ou seja, igualzinho em qualquer lugar do mundo, pronto para o consumo.

De outra ponta, felizmente, há o que se falar de bom quando o respeito pelo que somos vira uma pauta inteligente e dá acesso generoso ao público a este universo múltiplo. Esta é a realidade do Sonora Brasil, um projeto do Serviço Social do Comércio (SESC), levando Brasil a dentro os sons do próprio país.

O projeto é temático e trata de desenvolver programações identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil, com seus diferentes sons, influências, origens, estilos, manifestações e performances. Em 2012, na sua 15ª edição, o projeto conta com a participação de oito grupos musicais, divididos em dois temas: "Sotaques do Fole", que apresenta o acordeão em suas variantes regionais, e "Sagrados Mistérios", que apresenta repertório da música vocal presente nas festividades populares em devoção às entidades religiosas. Ao todo, 430 concertos estão programados em 117 cidades, de todas as regiões do país, e em sua maioria, distante dos grandes centros urbanos.

No próximo dia 09 de Outubro, no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, Vitória da Conquista recebe o 3º Circuito do projeto com Duo Ferragutti e Kramer, do Rio Grande do Sul. Os músicos trazem para o Sonora Brasil a encantamento musical do acordeão, instrumento originalmente ligado às tradições populares do Centro-Sul do país, influenciada pela presença da cultura ítalo-germânica, mas que encontrou definitivamente o gosto comum na obra de Luiz Gonzaga.

O Duo é formado por Toninho Ferragutti, de Socorro (SP) e Alessandro “Bebê Kramer”, de Vacaria (RS), ambos instrumentistas e compositores. Apresentam um panorama da obra escrita ou adaptada para acordeão de 120 baixos, desde Luperce Miranda e Radamés Gnattali até a vertente contemporânea de Borges-Cunha e às próprias composições.

SONORA BRASIL
Local: Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima
Data: 09 de Outubro
Horário: 20h
Ingresso: gratuito